São Paulo, segunda-feira, 9 de janeiro de 1995
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Tolerância não é passividade

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

É evidente que precisamos de tolerância em nosso caminho. Não adianta ficar o tempo todo brigando com o mundo, só porque certas pessoas não respeitam a nossa busca ou o nosso sonho.
As coisas que nos são queridas assim permanecerão para sempre –e, às vezes, escutar uma opinião contrária à nossa pode esclarecer um ponto que nos parecia obscuro.
Entretanto, não podemos confundir tolerância com passividade. Nos pontos mais delicados, devemos estar seguros de nossa decisão e da capacidade de seguir adiante. Uma pequena história da sabedoria árabe, anotada por Mansour Challita, nos recorda a melhor maneira de agir:
Um pastor disse ao seu pai: "Ensina-me a bondade."
Respondeu o pai: "Sê bom como o cordeiro, mas que a tua mansidão não faça o lobo tornar-se valente demais."

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