São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 1995
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Banco deve propor redução de encargos trabalhistas, diz Bacha

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), na gestão do seu novo presidente, Edmar Bacha, 53, deverá apresentar ao governo projetos para a redução do excesso de encargos sociais para a contratação de mão-de-obra.
Ao assumir ontem a presidência do banco, em uma das mais concorridas posses do novo governo, Bacha disse que o objetivo do BNDES no governo Fernando Henrique Cardoso é "a minimização do custo Brasil" e incluiu a redução dos encargos à geração de empregos entre os caminhos para essa minimização.
O raciocínio de Bacha, que preferiu não dar entrevista, é que o BNDES deve ir além de financiar os projetos com alta capacidade de geração de empregos, mas também oferecer estudos e propostas para eliminar entraves que existam à contratação de pessoal.
Edmar Bacha afirmou ainda que para a redução do "custo Brasil" os financiamentos do BNDES terão que ser "mais rápidos e menos burocráticos".
Arida
O presidente indicado do Banco Central, Pérsio Arida, que passou a presidência do BNDES a Bacha, disse que o banco "dispõe hoje de uma posição privilegiada para financiar o desenvolvimento do país".
No balanço de despedida, Arida disse que os ativos (bens e empréstimos a receber) do BNDES passaram de US$ 27 bilhões em 93 para US4 40 bilhões em 94.
Segundo Arida, o BNDES fechou o ano passado com um lucro líquido de US$ 600 milhões e pagou US$ 315 milhões em impostos.
A transmissão de cargo de Arida para Bacha contou com a presença de praticamente toda a equipe econômica do governo, encabeçada pelos ministros Pedro Malan (Fazenda) e José Serra (Planejamento).

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