São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 1995
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Política cambial se manterá 'firme', diz Gustavo Franco

Para diretor do BC, crise no México não causará mudanças

DA SUCURSAL DO RIO

O diretor de Assuntos Internacionais e presidente em exercício do Banco Central, Gustavo Franco, disse ontem que o governo vai continuar "firme" na política cambial de banda (faixa de oscilação) estreita que vem praticando, apesar da crise cambial do México.
Pela análise de Franco, a "médio prazo" o Brasil "tende a se beneficiar" dos desdobramentos da crise mexicana, consolidando sua posição de "receptor potencial de investimentos".
Gustavo Franco disse que as saídas de capitais externos do mercado brasileiro que estão ocorrendo não preocupam.
Segundo ele, trata-se de investidores "realizando lucros" auferidos no mercado brasileiro para compensar as perdas que tiveram no mercado mexicano.
Franco afirmou que "percentualmente", o montante de recursos que está deixando o país por conta dessa realização de lucros é "insignificante" no conjunto das reservas cambiais brasileiras.
Parâmetros
O presidente em exercício do BC não quis adiantar os próximos passos do banco na questão cambial e, já buscando fugir à entrevista, disse que o Banco Central continuará trabalhando nos parâmetros atuais.
Por esses parâmetros, o BC não deverá deixar que o valor do dólar ultrapasse R$ 0,87 nem fique abaixo de R$ 0,83.

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