São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995 |
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Interventores do Banco Central querem governador na presidência
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Com isso, a responsabilidade sobre a gestão do banco recairia sobre o governador de forma imediata. No caso de intervenção do Banco Central, por exemplo, os bens do governador também ficariam indisponíveis, assim como acontece hoje com os membros do conselho de administração. O interventor-presidente do Banespa, Altino da Cunha, foi o que primeiro falou e defendeu a "proposta". Mas, segundo apurou a Folha, ela conta com o apoio de outros diretores-interventores. Segundo Altino da Cunha, é impossível hoje ao BC responsabilizar governadores por atos irregulares nos bancos estaduais. A comissão de inquérito que o BC abriu para identificar "a responsabilidade civil dos possíveis danos causados ao Banespa nos últimos cinco anos" vai levar denúncias ao Ministério Público referentes, no máximo, aos ex-administradores da instituição. Se a comissão de inquérito perceber ainda irregularidades que possam ser enquadradas na lei do colarinho branco, existe a possibilidade até de o Ministério Público vir a processar esses administradores criminalmente. "Mas o governador, que indicou os administradores do banco, não assume qualquer responsabilidade sobre os atos do conselho." A proposta vem a melhorar ainda mais as relações entre os interventores do BC no Banespa e o Sindicato dos Bancários de São Paulo. "Damos nosso total apoio a essa idéia", disse Paulo Salvador, diretor de imprensa do sindicato. Texto Anterior: Intervenção no Produban sai quarta-feira Próximo Texto: Governo alagoano faz acordo para receber ICMS atrasado de 8 anos Índice |
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