São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995 |
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Índice da Bolsa paulista sobe mais 6,85%
RODNEY VERGILI
A crise do México provocou queda expressiva nas cotações desde o final do ano passado, mas a recuperação está sendo rápida. O índice Bovespa fechou a semana com alta de 7,22%, acumulando, porém, queda de 5,74% no mês. A alta da semana veio acompanhada por investimentos pesados dos fundos de pensão de estatais. O Bndespar (BNDES Participações) também realizou operações de compra. Esses fundos trabalham com expectativa de longo prazo e aumentam as ordens de compra sempre que o mercado registra "grande queda" sem justificativa clara. Alguns fatores ajudaram a explicar também a alta nas Bolsas. O governo está reduzindo gradualmente o depósito compulsório sobre o mercado financeiro. Na quinta-feira, o Banco Central anunciou, por exemplo, a eliminação do recolhimento compulsório de 15% sobre as operações de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio), o que deve estimular as operações de exportação. Outras notícias também são positivas para as Bolsas. O governo aponta para o caminho da desindexação da economia e a inflação está em baixa. O compromisso do presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, de tomar medidas para que o México consiga pagar suas dívidas a curto prazo tranquilizou, também, o mercado acionário da América Latina. Investidores estrangeiros chegaram a aumentar as ordens de compra de ações no Brasil, mas uma atuação mais consistente vai depender de como evolui a crise no México. Ontem, o Banco Central interveio no mercado aberto, sinalizando a taxa do over entre 4,45% e 4,51% ao mês. A taxa over média caiu de 4,49% ao mês no dia anterior para 4,48% ontem, segundo a Andima, que reúne instituições financeiras do mercado aberto. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o volume de negócios com ouro foi ontem o menor desde 24 de fevereiro de 1988. O investidor está perdendo o interesse pelo mercado do ouro. Os negócios com o metal estão sendo substituídos por moedas e mercados futuros no Brasil e no exterior. Segunda-feira é feriado em Nova York e em Tóquio desestimulando ontem novas operações com ouro. (Rodney Vergili) JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, ontem, em média, 0,110%. A taxa média do over foi de 4,48% ao mês, projetando rentabilidade de 3,36% no mês, segundo a Andima. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 4,64% ao mês, projetando rendimento de 3,48% no mês. CDB e caderneta As cadernetas que vencem hoje rendem 2,8507%. CDBs prefixados negociados ontem: entre 26% e 48% ao ano para 31 dias. CDBs pós-fixados de 151 dias: entre 14% e 19% ao ano mais a variação da Taxa Referencial. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,78% ao mês. Para 31 dias (capital de giro): entre 62% e 71% ao ano. No exterior Prime rate: 8,50% ao ano. Libor: 6,56% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 6,85%, fechando com 41.038 pontos e volume financeiro de R$ 305,75 milhões. Rio: valorização de 7,5% (I-Senn), fechando com 18.616 pontos e volume financeiro de R$ 49,85 milhões. Bolsas no exterior Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 19.331,17 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.346,80 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,845 (compra) e R$ 0,847 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,844 (compra) e R$ 0,846 (venda). "Black": R$ 0,850 (compra) e R$ 0,860 (venda). "Black" cabo: R$ 0,854 (compra) e R$ 0,858 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,830 (compra) e R$ 0,860 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,29%, fechando a R$ 10,37 o grama na BM&F. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5675. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5330 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 98,72 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 378,90. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para janeiro fechou em 3,43% e para fevereiro a 3,27% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro ficou em 41.300 pontos. Texto Anterior: Bird condena a legislação trabalhista Próximo Texto: Preços caem 0,68% nos supermercados Índice |
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