São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 1995 |
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Ambientalista reage a obra
ABNOR GONDIM
A opinião é de Mary Helena Alegretti, antropóloga paranaense contemplada com o Prêmio de Ecologia Global 500, da ONU, e amiga do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988. O DNER não previu estudos de impacto sócio-ambiental em razão de a rodovia ter sido construída na década de 70. A exigência do estudo é da Constituição de 88. Alegretti disse que vai denunciar a reabertura da Transamazônica ao Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), do qual participa por estar exercendo, desde o início do ano, o cargo de secretária estadual de Meio Ambiente do Amapá. "Temos de aprender a fazer rodovias na Amazônia que respeitem a legislação ambiental e não sirvam apenas à especulação de terras", disse Alegretti. A 10 km de Jacareacanga, onde a rodovia está sendo reaberta, há lotes no trecho encoberto que já contam com placas identificando os supostos proprietários. "Mandei desmatar dois hectares por R$ 200, e os lotes disponíveis estão ficando cada vez mais distantes", afirmou o morador de Jacareacanga Wagner Vital, que sonha em criar gado às margens da rodovia. Texto Anterior: Apesar de promessa, obra não é prioridade Próximo Texto: Apenas 15 pessoas têm acesso a finanças Índice |
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