São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 1995 |
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Diretores começam por baixo
DENISE CHRISPIM MARIN
Apesar das poucas exigências, as lojas favorecem a ascensão de seus funcionários na hierarquia –e até oferecem condições para que alguns cheguem à direção. A formação por meio do trabalho prático, aliada a investimentos mais recentes em treinamento, é tradicional no comércio varejista, em especial nos supermercados. Em parte, essa tendência se deve ao fato de não existirem cursos de formação de profissionais para o comércio atacadista e varejista em nível superior no Brasil. Essa é uma ausência que não se repete em países como os EUA, onde Sam Walton (1918-1992), o fundador da Wal-Mart, se formou em comércio na Universidade de Missouri em junho de 1940. Raramente os supermercados brasileiros procuram no mercado os substitutos para seus executivos operacionais. Boa parte dos diretores de loja já etiquetou preços nos produtos e limpou o chão. "Não contratamos gerentes ou diretores de lojas vindos de outras empresas", afirma Bogdan Igor Holovko, 47, diretor de RH do Sé Supermercados. Em junho de 94, o Cândia designou Reginaldo Nascimento, 30, para a direção da loja do Tucuruvi. Ele havia começado como office-boy no Mercantil Norte-Sul, atacado que deu origem à rede de supermercados, aos 13 anos. Subiu todos os degraus do atacado até os 22 anos e, depois, mergulhou no varejo. "Eu passei a liderar equipes e conhecia as funções de cada um", diz. (DCM) Texto Anterior: Wal-Mart caça executivos Próximo Texto: Redes investem alto para formar mão-de-obra Índice |
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