São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 1995
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CORÉIAS X JAPÃO

Na Coréia do Sul, 22 cidades são candidatas a organizar jogos da Copa. O país pretende construir nove estádios, cada um com 30 mil lugares, no mínimo.
Três já estão em construção –em Pusan, com 60 mil lugares, Inchon, para 50 mil, e Yochon, para 30 mil pessoas.
A cidade de Yochon, que estava construindo um estádio para 18 mil pessoas, decidiu mudar o projeto para 30 mil lugares e pleitear uma vaga.
A capital, Seul, que realizaria a decisão do torneio, é a cidade onde o futebol é mais popular no país, com três times da primeira divisão.
Com o vice-presidente da Confederação Asiática de Futebol, Mong-Joon Chung, o país aponta que a realização do Mundial seria um passo rumo à globalização do futebol.
No entanto, o Campeonato Sul-Coreano não tem nem de longe a importância da J-League, que este ano contará com pelo menos quatro campeões mundiais: Jorginho e Leonardo, no Kashima Antlers, Zinho, no Yokohama Flugels, e Ronaldão, no Shimizu.
A seu favor, os sul-coreanos apelam à geografia. Todas as sedes se encontram num raio de 300 km.
Mas os defensores da "World Cup Japan 2002" acreditam que os 90 minutos de avião que separam as sedes dos dois extremos do país (Sapporo ao norte e Oita ao sul) da capital, Tóquio, também não serão empecilho.
Na guerra de argumentos, a riqueza também divide os arqui-rivais.
Os coreanos acreditam que um país em desenvolvimento deveria levar a primeira Copa do século 21, depois de três Mundiais consecutivos em países ricos.
Já o Japão aproveitou uma reunião do G-7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo), em julho, para pedir apoio a sua candidatura aos pesos-pesados da economia mundial.
Participam do G-7 Itália (sede do Mundial de 90), EUA (94), França (98), Alemanha, Canadá e Grã-Bretanha.
As respostas já começaram.
No final desse semestre, a Inglaterra deverá patrocinar um torneio de dez dias que servirá para preparar sua seleção para a fase final da Eurocopa 96.
Junto com o Brasil, os japoneses foram convidados.

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