São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 1995
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Tremor matou ao menos 120 estrangeiros

DA "REUTER", EM TÓQUIO

Pelo menos 120 estrangeiros estão entre as mais de 4.900 pessoas mortas no terremoto que atingiu as regiões de Kobe, Kyoto e Osaka na terça-feira. Mas o número deve continuar subindo, segundo noticiou ontem um jornal japonês.
O diário em língua inglesa "Daily Yomiuri" menciona dados recolhidos em embaixadas, consulados e associação de moradores estrangeiros para concluir que pelo menos 83 coreanos morreram no tremor. Desses, 63 são sul-coreanos e 20 norte-coreanos.
Centenas de milhares de coreanos foram para o Japão, voluntária ou forçadamente entre 1910 e 1945, quando a península da Coréia esteve sob domínio japonês.
O jornal informa que 23 cidadãos da China e de Taiwan tiveram suas mortes confirmadas.
Também foram confirmadas as mortes de dois norte-americanos e três filipinos. Pelo menos oito brasileiros morreram no terremoto.
O "Yomiuri" identificou outros dois estrangeiros mortos no terremoto –o australiano Scott Mathew Niss, em Kobe, e a japonesas naturalizada suíça Yoko Schrepfer, em Ashiya.
Os consulados britânico, italiano, francês, indiano, canadense, russo e tailandês informaram na sexta-feira não ter recebido qualquer informações sobre seus cidadãos mortos no terremoto.
Segundo o "Yomiuri", o número de mortos deve crescer, já que 99 mil estrangeiros moravam na área atingida.
Brasil
O cônsul do Brasil em Nagoya, Antonio Alvarenga, disse ontem à Folha que um grupo de brasileiros, residentes em Kobe (a cidade mais atingida pelo terremoto), está se organizando para retornar ao Brasil ainda durante a semana.
A representação diplomática está providenciando um abrigo para os sobreviventes brasileiros que eventualmente passarem por Nagoya antes do regresso ao país.
O consulado, em funcionamento há três meses, tem recebdio telefonemas, fax e telegramas de familiares em busca de informação.
Segundo Alvarenga, a comunidade brasileira no Japão abriu uma conta corrente nas agências do Banco do Brasil em Tóquio e Hamamatsu para recolher doações para as vítimas do terremoto.

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