São Paulo, segunda-feira, 23 de janeiro de 1995 |
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Júri começa hoje a ouvir a defesa e a promotoria no caso Simpson
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Simpson, 47, mais conhecido pelas iniciais de seus prenomes, O. J., foi um dos mais importantes jogadores de futebol americano na década de 70. Uma espécie de Roberto Rivelino dos EUA. Depois, manteve sua fama trabalhando como garoto-propaganda, ator de cinema e comentarista esportivo. No dia 12 de junho passado, sua ex-mulher, Nicolle Brown, e um amigo dela, Ronald Goldman, foram mortos a facadas. Cinco dias depois, Simpson foi acusado de tê-los assassinado. Ele acertou com a polícia que se entregaria mas não apareceu. Foi perseguido durante horas até ser preso. Alega "total inocência". Nos últimos sete meses, nenhum outro assunto mobilizou tanto a opinião pública dos EUA como o caso Simpson. Ele é a pessoa mais rica e mais célebre jamais julgada por homicídio no país. O único precedente remoto é o do ator de cinema Roscoe Fatty Arbuckle, acusado em 1920 do estupro e morte da aspirante a atriz Virginia Rappe. Em abril de 1922, o júri gastou um minuto para absolver Arbuckle. Mas o caso Simpson é muito mais sensacional. Ele envolve racismo (o réu é negro e as vítimas brancas), dinheiro, sexo, violência, crianças. A partir de hoje, o destino de Simpson depende do júri de oito mulheres e quatro homens (oito negros, dois brancos, um índio e um hispânico). Texto Anterior: Conflito chega ao Daguestão, dizem russos Próximo Texto: Caso Simpson tem maior cobertura desde 1963 Índice |
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