São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995
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Governadores tucanos têm emendas vetadas

MÔNICA IZAGUIRRE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar de ser do mesmo partido do presidente Fernando Henrique Cardoso e do ministro José Serra (Planejamento), o governador Mário Covas (PSDB-SP) foi um dos mais prejudicados pelos vetos ao Orçamento/95 feitos pelo governo.
Covas foi o único governador do PSDB que teve vetadas todas as emendas aprovadas pelo Congresso a seu pedido. Os demais mantiveram pelo menos uma.
Em novembro passado, a Comissão de Orçamento ouviu os governadores eleitos para saber quais as emendas que os interessavam na votação da Lei Orçamentária. Boa parte delas foi aprovada.
Covas acabou escolhendo áreas que não foram incluídas nas prioridades orçamentárias do governo.
Ele conseguiu a aprovação de emendas com verba para hospitais, postos de saúde e escolas.
Nas áreas de Saúde e Educação, priorizadas por Covas, os cortes foram fundo porque o governo decidiu não pulverizar recursos em pequenos projetos. O mesmo ocorre com habitação e saneamento.
O governo federal decidiu preservar verbas de custeio, investimentos em irrigação, portos, aeroportos e restauração ou duplicação de rodovias federais, além de projetos com financiamento externo.
Além de cinco governadores tucanos, tais critérios acabaram beneficiando também governadores do PMDB, como Antônio Mariz (PB) e Antônio Britto (RS).
Britto conseguiu manter três das sete emendas e o seu Estado vai ter R$ 20,8 milhões.
Como o governador tucano do Ceará, Tasso Jereissati, o governador Miguel Arraes (PSB-PE) teve algumas verbas preservadas.
Os governadores Dante de Oliveira (MT) e Jaime Lerner (PR), ambos do PDT, além de Paulo Afonso (PMDB-CS), tiveram vetadas todas as emendas indicadas.
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), teve sancionada uma emenda e seu Estado vai receber R$ 1,24 milhão.
No total, foram cortados R$ 3,2 bilhões do Orçamento. A intenção do governo é reavaliar os gastos na área social e recompor parte das dotações por projeto de lei.

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