São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995
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Transferência foi 'ato normal', afirma Ciro

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes afirmou à Folha que a transferência de fundos do Tesouro para o Ministério da Fazenda em novembro do ano passado foi "um ato normal de gerência".
Ciro, que está na Universidade de Harvard, uma das mais prestigiosas nos EUA, como pesquisador visitante, falou com a Folha por telefone na noite de anteontem sobre as acusações que estão sendo feitas contra ele.
Informado de que o deputado Paulo Bernardo, do PT, pretende processá-lo, Ciro disse: "No dia em que for crime economizar dinheiro da República, desejo ser um criminoso contumaz".
Com o objetivo de defender o Tesouro de pressão de órgãos que gostariam de gastar o superávit, Ciro diz ter ordenado a transferência do excedente por um dia da conta do Tesouro para a do Ministério da Fazenda.
"Tudo foi registrado normalmente. Os R$ 450 milhões saíram como despesa contábil em novembro e voltaram como receita em dezembro. Foi um ato corriqueiro de gerência de fluxo de caixa", afirmou Ciro.
Ciro está passando um ano na Faculdade de Direito de Harvard. Nesse período, ele se comprometeu a escrever uma monografia sobre questões legais vinculadas ao processo inflacionário no Brasil.
Ele também tem de ir a seminários e conferências com as quais possa contribuir. Da universidade, recebe uma sala e direito de frequentar bibliotecas e cursos.

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