São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Interdição não impede funcionamento
DANIELA FALCÃO; ALESSANDRA BLANCO
Na Laborbrás Indústria Farmacêutica, em Guarulhos (Grande São Paulo), a gerência não permitiu a entrada da reportagem da Folha, alegando que o dono do laboratório estava viajando e só ele poderia falar à imprensa. Um segurança do laboratório, que não quis se identificar, disse que a vigilância esteve no local pela última vez no fim de 94. Segundo relatório da Vigilância Sanitária, a Laborbrás havia sido interditada por causa da ausência de técnicos habilitados durante a fabricação e manipulação de medicamentos. O laboratório também foi multado por fabricar remédios em desacordo com a fórmula registrada e por não manter controle atualizado dos produtos usados. Obras Outro laboratório interditado pela Vigilância Sanitária, a Brasmédica Indústria Farmacêutica, na Água Funda (zona sul), ainda está realizando as obras exigidas. Em vistoria realizada no ano passado, a Vigilância Sanitária determinou que fosse suspensa a fabricação de colírios, líquidos orais e de extratos. Segundo o proprietário da Brasmédica, Frederico Henrique Thiessen, 80, as modificações no local onde são fabricados os líquidos orais já foram concluídas. "Logo depois da vistoria recebemos autorização para voltar a fabricar líquidos orais. decidimos suspender a fabricação de extratos porque os investimentos necessários para atender às exigências não eram compensadores." Segundo Thiessen, o laboratório ainda está avaliando o que fará com os colírios. "Por enquanto, a fabricação está suspensa". No Laboratório Nacional de Quimioterapia, o advogado da empresa, José Mendes Gaia Neto, impediu a reportagem da Folha de visitar o local e disse que não há qualquer irregularidade com os remédios que produzem. O laboratório teve interditada a área de injetáveis, colírios e hormônios, por falta de condições técnicas para a preparação dos produtos. Segundo Gaia Neto, estes tipos medicamentos são fornecidos por terceiros. "Já trocamos de fornecedor. Além disso, os equipamentos que foram considerados inadequados estão parados há muito tempo e sem condições de uso", disse. A Química Intercontinental Farmacêutica, no Bosque da Saúde, também proibiu a entrada da reportagem da Folha. Segundo o porteiro, o dono do laboratório não tinha "nada a declarar sobre o relatório". (Daniela Falcão e Alessandra Blanco) Texto Anterior: Inspeção condena 39 laboratórios Próximo Texto: Jatene promete fiscalização Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |