São Paulo, domingo, 1 de outubro de 1995 |
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Para Fiesp, governo reverterá expectativas
ANTONIO CARLOS SEIDL
Boris Tabacof, diretor do Departamento de Economia da Fiesp, diz que o ``capital básico do governo ainda está de pé porque, para dois terços da população, o plano é benéfico para o país". Para Tabacof, o aumento ``incipiente" de insatisfeitos é uma sinalização para o governo Fernando Henrique Cardoso de que está na hora de pôr fim a seis meses de um ``aperto significativo". Segundo Tabacof, o governo precisa agir rapidamente para que a estabilidade da moeda, ``o ganho fundamental do Plano Real", não seja perdida por causa de uma insegurança com as recentes demissões na indústria paulista. A avaliação da Fiesp, diz Tabacof, é que ainda há espaço para diminuir a taxa de juros porque, afirma, a taxa real (taxa nominal menos a taxa de inflação) está muito alta. Para a entidade, o Palácio do Planalto precisa acelerar as reformas estruturais, principalmente as reformas tributária, da administração pública e da Previdência. ``O governo precisa se empenhar nas reformas para garantir ganhos permanentes na estabilidade econômica e deixar de fazer política econômica apenas com a calibragem a curto prazo dos juros". Tabacof reconhece que as demissões na indústria paulista estão na base da taxa mais expressiva de pessimismo sobre o desemprego registrada pelo Datafolha. Para a Fiesp, a queda do nível de emprego industrial é uma questão estrutural. A entidade está preparando um estudo que sugere que a retomada de um ciclo de investimentos é a única saída para a recuperação do emprego, da atividade econômica e para a geração de renda à altura das necessidades sociais do país. Texto Anterior: Cresce rejeição a Real; FHC mantém apoio Próximo Texto: Acabou a ilusão financeira Índice |
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