São Paulo, domingo, 1 de outubro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Paulistano solta voz para segurar os nervos
LÚCIA MARTINS
``A maioria dos meus alunos não quer se profissionalizar. Eles querem se soltar, acabar com a timidez", diz Luiz Celso Rizzo, 43, regente do coral da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). O recente ``boom" de grupos que contratam regentes para formar um coral amador é a prova do sucesso dessa nova terapia. São pessoas que se reúnem na casa de um dos participantes, contratam um regente e ensaiam todas as semanas. Estão proliferando ainda os corais de clubes, sindicatos, empresas, escolas, universidades, igrejas, além das tradicionais escolas de canto que oferecem cursos para iniciantes (veja quadro à pág. 10). ``Meus grupos têm cada vez mais alunos. Alguns chegam a ter mais de 40 integrantes", diz Adilson Rodrigues, 31, que rege cinco grupos amadores por semana. Dois deles surgiram este ano. O Puro Encanto é um dos grupos de Rodrigues. São 42 pessoas que se reúnem as quartas desde março. A maioria nunca havia estudado canto e não se importa com o resultado de sua performance. ``Não acho que minha voz melhorou depois que entrei no coral, mas não tem importância. Canto por terapia, para esquecer da vida", diz a administradora de empresas Fanny Terepins, 40, uma das integrantes do Puro Encanto. ``Sou médio-soprano, mas não sei bem o que significa isso", afirma Maria Tereza Falabella, 45, que canta no Saia Justa, coral das professoras do Colégio Vera Cruz (Vila Madalena, zona oeste). O importante para ela é a ``alegria" que sente quando canta. Mas só consegue cantar em grupo. ``Em casa, tenho medo que meus filhos cheguem sem eu perceber e ouçam." Texto Anterior: Secretários têm visões diferentes Próximo Texto: Para regente, todo desafinado tem jeito Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |