São Paulo, domingo, 1 de outubro de 1995 |
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Prazo definirá as alternativas
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
Agora, os bancos só podem oferecer o FIF de curto prazo (com possibilidade de saque diária) e os de 30, 60 e 90 dias. O dinheiro do dia-a-dia vai render menos do que atualmente -graças a um compulsório de 40% (de cada R$ 100 aplicados, R$ 40 ficam depositados, sem render, no BC). Para buscar uma rentabilidade melhor, o investidor terá de aplicar por mais tempo. Se sacar antes, como na caderneta, vai perder o juro. Logo, espera o governo, empresas e pessoas físicas vão separar o que é dinheiro curto (será gasto logo) do que é investimento. Na transição para os novos fundos -que dura até dezembro, quando os atuais (commodities, renda fixa, fundões etc.) terão de ser obrigatoriamente extintos ou incorporados-, o BC (Banco Central) garantiu que as aplicações feitas até sexta-feira passada obedecerão as regras anteriores, com exceção dos de renda fixa. Quem aplicou no commodities, por exemplo, depois de 30 dias terá garantida a liquidez diária. Os recursos vão continuar disponíveis e rendendo até serem sacados por completo. Os investidores (pessoas físicas e empresas) concentraram suas aplicações nos fundos que vão garantir liquidez diária. Na soma do que está aplicados nos fundões, curto prazo e commodities, os investidores garantiram a possibilidade de sacar uma montanha de R$ 47,8 bilhões, dinheiro equivalente às reservas internacionais do país (o caixa em moeda forte). Gustavo Loyola, presidente do BC, garante, porém, que a política de juros não será limitida por essa migração. (JCO) Texto Anterior: BC quer acabar com ciranda do dia-a-dia Próximo Texto: Novos fundos complicam gestão de caixa das empresas Índice |
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