São Paulo, domingo, 1 de outubro de 1995
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o charme e o cheiro da era de Aquário

CRISTINA ZAHAR

Aos 7, ele teve sua primeira experiência mística. Saiu do corpo e viu flashes de vidas passadas e futuras. Só não viu o sucesso que faria nesta vida como arquiteto, estilista, perfumista e escritor. Aos 62, Paco Rabanne, espanhol radicado na França desde os 5, é infatigável: “Morrerei trabalhando”.
O “enfant terrible” da moda - que fez escândalo ao introduzir alumínio e plástico na alta-costura - é hoje um empresário sério. Seus produtos são vendidos nos cinco continentes.
Rabanne, que veio ao Brasil para lançar o perfume XS pour Elle, tem outras preocupações. A superpopulação e a agressão à natureza se misturam a questões existenciais em seus livros, escritos desde 1991.
“Trajetórias”, “O Fim dos Tempos” e “O Tempo Presente” venderam um milhão, em dez línguas.
Sempre de negro, Rabanne é um arauto da era de Aquário. Foi nela que se inspirou para criar os perfumes XS. “Tentamos fazer um perfume jovem e luminoso que representasse a mulher da nova era.”
Com 30 anos de carreira, quer mais: “Mexer com materiais que permitam o movimento em torno do corpo, como a água”. E alfineta: “Alta-costura é um luxo inútil, só serve como protótipo de sonho e laboratório de pesquisa”.

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