São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995 |
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Bancada do PR ameaça votar contra FSE
LUCIO VAZ
Os deputados ameaçam tingir de vermelho o painel de votação, numa referência à luz dessa cor que marca o ``não". O estopim da crise que envolve 21 deputados foi a rejeição do nome do ex-governador Mário Pereira (PMDB) para a presidência da Itaipu Binacional. O governo nomeou o ex-deputado Euclides Scalco (PSDB-PR) para o cargo. Eles pretendem arregimentar parlamentares governistas descontentes de outros Estados para derrubar o FSE e esperam conseguir de 45 e 50 votos. Já contam como certa a adesão do PMDB de Santa Catarina (cinco deputados). O PMDB se revoltou porque o presidente nacional do PFL, Jorge bornhausen, conseguiu os principais cargos do Estado para o seu partido. ``Demos prazo até a semana que vem. Depois, o pau vai comer. Ou eles atendem o partido ou votamos contra o FSE", afirmou ontem o deputado Edinho Bez (PMDB-SC). O deputado afirma que o PFL ficou com as presidências da Telesc (Victor Konder Reis) e da Eletrosul (Claudio Ávila da Silva). Além disso, está substituindo os diretores regionais de Telesc ligados ao PMDB. ``O presidente da Telesc diz que tem a caneta na mão e não quer saber de políticos. Quer nomear técnicos. Mas o critério político serviu para nomeá-lo e entregar-lhe a caneta", afirma Bez. Ele lembra que Konder Reis é primo de Bornhausen. Os deputados do Paraná também haviam feito indicações políticas para a presidência e as diretorias da Telepar (subsidiária da Telebrás). O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, colocou um técnico de Campinas na presidência da empresa. Os paranaenses estão revoltados com o secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge, o responsável pelas nomeações de segundo e terceiro escalões. Texto Anterior: Pertence quer juiz corregedor no STF Próximo Texto: Acordo limita uso de FSE Índice |
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