São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Esquerda gastou 4,8% do total
OLÍMPIO CRUZ NETO
O valor declarado à Justiça Eleitoral pela esquerda representa 4,8% do total de recursos arrecadados em Brasília pelos candidatos eleitos: R$ 1,7 milhão. Os partidos tidos como de centro e direita arrecadaram R$ 1,6 milhão -95,2% dos recursos. As campanhas dos deputados Augusto Carvalho (PPS), Agnelo Queiroz (PC do B), Maria Laura (PT) e Chico Vigilante (PT) foram todas custeadas por pessoas físicas, além dos recursos próprios de candidatos e partidos. A campanha de Queiroz foi a mais barata do DF (R$ 2,8 mil), enquanto a do deputado Osório Adriano (PFL) foi a mais cara. Custou R$ 563,5 mil. Em toda a prestação de contas do deputado pefelista só existe uma doação de pessoa física, no valor de R$ 200. O resto veio de empresas de sua propriedade. Os três parlamentares eleitos pelo PP -Wigberto Tartuce, Benedito Domingos e Jofran Frejat- também receberam donativos de empresas. Eles estão no PMDB. Entre os parlamentares de esquerda do DF, somente o senador Lauro Campos recebeu dinheiro de empresa -R$ 20,3 mil, do total de R$ 38,4 mil. Esses recursos saíram do escritório Riedel Resende Advogados, cujo principal acionista é o Ulysses Riedel, suplente de Campos. O senador José Roberto Arruda (PSDB) foi eleito pelo PP com R$ 100 mil arrecadados junto a pessoas físicas. A campanha saiu por R$ 497 mil, arrecadados entre diversas empresas do DF. A maior colaboração saiu da Planalto Motos, que doou R$ 95 mil. Essas quantias se referem às prestações de contas que os candidatos encaminharam ao Tribunal Regional Eleitoral. Especialistas ouvidos pela Folha afirmaram que os valores declarados pelos candidatos são muito inferiores do que os efetivamente gastos. Texto Anterior: Odebrecht doa para os 2 candidatos do DF Próximo Texto: Dívidas são confirmadas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |