São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995
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Dívidas são confirmadas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário de Governo do Distrito Federal, Hélio Doyle, confirmou ontem à Folha que o governador Cristovam Buarque saiu com dívidas de campanha, no final da eleição.
``É tradição do PT acabar a campanha com dívidas", disse.
Ele não soube dizer qual era o total do débito, mas não contestou os números declarados pelo partido na prestação de contas encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral do DF.
``Nós gastamos mais do que arrecadamos, mas não me lembro dos valores", comentou.
Ao ser informado pela Folha de que a dívida ultrapassa R$ 68 mil, o secretário disse que o valor poderia ser esse.
``Minha participação na campanha terminou na vitória do governador. As dívidas foram repassadas ao partido", informou.
Doyle foi o responsável pelas finanças da campanha eleitoral do PT-DF no ano passado.
Chegou a ter sugerida a sua expulsão do partido, junto com o tesoureiro Amaury Barros, por causa da crise provocada pela doação da construtora Norberto Odebrecht à campanha.
``Houve essa reação de setores radicais do PT, que acabou descartada pelo Diretório Regional do partido, assim como a proposta do deputado Chico Vigilante, que queria a devolução do dinheiro", afirmou.
Ele afirmou que não via problema no fato de a Odebrecht e a Via Engenharia terem feito doações para a campanha petista.

Legalmente
``Foi tudo feito legalmente, e o governador não está privilegiando nenhuma empreiteira com obras", afirmou.
``Além do mais, sabemos que Valmir Campelo também recebeu dinheiro da Odebrecht, embora eu não saiba quanto foi dado para a campanha dele", disse.

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