São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 1995 |
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'Árvore dos Sonhos' exagera na miséria Filme explora a guerra e a pobreza FERNANDA SCALZO
Produção: EUA, 1995 Direção: John Avnet Com: Kevin Costner, Elijah Wood, Lexi Randall, Mare Winningham Estréia: hoje nos cines Astor, Center Iguatemi, Metro 1 e Metrópole ``A Árvore dos Sonhos", filme de John Avnet (o mesmo diretor de ``Tomates Verdes Fritos"), é uma desgraça cheia de boas intenções. O diretor reúne no mesmo filme a miséria da guerra e a da pobreza. Sobra tempo para mostrar brincadeiras de criança e tentar passar mensagens edificantes sobre a intolerância. O filme é longo. O filme conta a história de uma família miserável no Mississipi. Miserável porque não tem casa, nem dinheiro, e porque o pai (Kevin Costner) ficou traumatizado depois de lutar na Guerra do Vietnã. Depois de um período num hospital psiquiátrico, ele volta para casa e reencontra a mulher e os dois filhos: Lidia (Lexi Randall) e Stu (Elijah Wood). Estamos no verão de 1970. À parte as músicas, o melhor do filme fica por conta das crianças e seus amigos (principalmente as duas amigas negras de Lidia que passam o dia dançando em ritmo de Motown). A graça das crianças é o tempo todo interrompida por imagens dos pesadelos do pai, cenas da guerra sobre o amigo que ele não salvou. Pesado. Não contente, o diretor simula uma guerra entre as turmas rivais de crianças, usando os uniformes e arsenais que o pai guardava como ``recuerdos" do Vietnã. Patético. Texto Anterior: 'Beijo da Borboleta' explora ápice da paixão Próximo Texto: 'Anna' faz registro político da ex-URSS Índice |
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