São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995 |
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Hillary conhece programas sociais e diz que leva idéias para os EUA
ANA MARIA MANDIM
Ela se referia aos programas sociais e comunitários de apoio à criança e à mulher que conheceu em Salvador (BA). Hillary Clinton partiu, ontem, por volta das 12h, da Base Aérea de Salvador, rumo a Assunção, no Paraguai, onde participará do encontro das primeiras-damas das Américas. Seu último compromisso em Salvador foi uma visita de uma hora à Maternidade Tsylla Balbino, que atende mulheres pobres. O que motivou o interesse da primeira-dama foi o programa de planejamento familiar e orientação em saúde reprodutiva desenvolvido pela instituição, situada em Quintas, um bairro operário. Com 120 leitos, a maternidade faz uma média de 20 partos e 15 curetagens pós-aborto por dia. Os serviços prestados às mulheres são gratuitos, garantidos, principalmente, por recursos doados pelo governo norte-americano. Noite de festa A noite de domingo, em Salvador, foi uma criança para o subsecretário de Estado, Alexander Watson, para o encarregado de assuntos latino-americanos no Conselho de Segurança Nacional, Richard Feinberg, e para a chefe de imprensa da Casa Branca, Lisa Caputo. Os três, junto com alguns jornalistas da comitiva de Hillary Clinton, se entregaram ao Pelourinho, dançando música afro e tomando cerveja em copos de plástico. O som do grupo Olodum, comandado pelo cantor Lazinho, fazia ferver o histórico largo do centro de Salvador. A festa para os americanos começara às 20h, no terceiro andar da escola estadual Azevedo Fernandes, em frente ao Pelourinho. Em três salas de aula foram armadas mesas para oferecer um jantar de 60 pessoas à primeira-dama, sua comitiva e convidados brasileiros. Das sacadas da escola, podiam ver o Olodum. Hillary Clinton ficou até cerca de 22h20min e lamentou não poder descer ao largo para dançar. A segurança pesou mais. Mas nem por isso a primeira-dama deixou de ensaiar uns passos, ensinados por Gisélia Braga, 25, que, vestida de baiana, ajudara a servir o banquete. Abriu-se uma roda e Gisélia ficou no meio, mostrando os passos. Depois de tomar caipirosca, refrigerante e bastante cerveja, e provar bobó de camarão, moqueca de peixe, farofa, cocada branca, preta, cuscuz de tapioca e tomar cafezinho, a primeira-dama levantou-se para aplaudir a cozinheira. ``Você é uma grande mulher", disse para Dadá -Aldacir dos Santos, 34-, dona de um famoso restaurante de Salvador. Texto Anterior: Luís Eduardo evita efeito Mombaça ao assumir Presidência por 6 horas Próximo Texto: Sem-terra ameaçam com matança de bois Índice |
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