São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995
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Bancários decidem se param amanhã

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

Funcionários de bancos federais em todo o país discutem hoje em assembléia a orientação da executiva nacional (a liderança dos bancários, ligada à CUT), de realizar greve de 24 horas amanhã por aumento salarial.
O governo federal está oferecendo aos bancários, com data-base em 1º de setembro, o reajuste mínimo previsto em lei -20,94%. Os bancários pedem 48,84%.
O governo federal emprega cerca de 60 mil bancários na Caixa Econômica Federal, 91 mil no Banco do Brasil, 6.000 no Banco Central, 5.600 no BNB, 11,6 mil no Meridional e 3.000 no Basa.
``A mobilização está mais forte na CEF, mas cresce também no Banco do Brasil", diz Ricardo Berzoini, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
No Meridional, há indicativo de greve por tempo indeterminado.
Ontem, houve mesa redonda com a direção da CEF e bancários, mas o indicativo de greve foi mantido. Novas negociações acontecem hoje na CEF e no BB.
Metalúrgicos
Os metalúrgicos da Força Sindical e da CUT, em campanha salarial, já falam em greve por aumento real (acima da inflação).
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (Força Sindical), Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, os empresários, extra-oficialmente, se recusam a conceder aumento real.
``Estamos há duas semanas da data-base (1º de novembro) e ainda não conseguimos avançar nas negociações." Há cerca de 800 mil metalúrgicos na base da Força Sindical no Estado de São Paulo.
Os 450 mil metalúrgicos da CUT no Estado tentam também mudar a data-base de abril para novembro. Ontem, empresários dos setores de máquinas e eletroeletrônicos negaram o pedido. ``Faremos plenária na segunda-feira e há possibilidade de greve", disse Paulo Sérgio, da Federação dos Metalúrgicos da CUT.

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