São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995
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Pais vão a Arafat pela libertação de Lamia

ROGÉRIO SIMÕES
ANDRÉ FONTENELLE

ROGÉRIO SIMÕES; ANDRÉ FONTENELLE
ENVIADOS ESPECIAIS A BRASÍLIA

Os pais da brasileira Lamia Maruf Hassan, 31, presa em Israel pela participação na morte de um militar israelense, consideram que a libertação de sua filha já é um fato consumado.
``É apenas uma questão de tempo", diz a mãe de Lamia, Fátima Maruf, 60. Ao lado do marido, Maruf Hassan, 65, e da filha mais nova, Najah Maruf Hassan, 18, ela chegou ontem a Brasília para se encontrar com o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, que chegaria nesta madrugada à capital federal.
Depois que foi anunciado, no mês passado, o acordo entre Israel e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) que prevê a libertação progressiva de presos palestinos, a liberdade de Lamia passou a ser uma realidade para seus pais.
Os acordos de paz assinados entre Israel e a OLP prevêem a soltura de todos os palestinos prisioneiros políticos de Israel.
O governo israelense, no entanto, se recusa a libertar Lamia e outras três prisioneiras, alegando que elas cometeram ``crimes de sangue" contra israelenses.
Arafat discutiu o assunto anteontem o chanceler israelense, Shimon Peres.
``Temos esperança de que Arafat traga alguma novidade", disse ontem o embaixador Pedro Paulo Pinto Assumpção, chefe do Departamento de Oriente Próximo do Itamaraty.
Arafat se encontra hoje à noite com o presidente Fernando Henrique Cardoso. À noite, segue para a Colômbia.

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