São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995
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Governo prevê inflação de até 2% em outubro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O aumento médio de 13% nos preços dos combustíveis e dos cigarros deve elevar o índice de inflação em São Paulo neste mês. A equipe econômica espera que o IPC da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) fique entre 1,5% e 2%, contra 0,74% no mês passado.
A previsão é que o IPC da segunda quadrissemana de outubro, que será divulgado nesta semana, fique em 1,20%.
No mesmo período de setembro, esse indicador ficou em 1,02%. O aumento foi provocado exatamente pela correção dos preços dos combustíveis e dos cigarros.
A elevação do índice de inflação não preocupa o governo. A previsão é que o indicador da Fipe volte a ter nova queda em novembro e dezembro, quando deve ficar pouco acima de 1%, segundo estimativas de técnicos do Ministério da Fazenda.
A previsão da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda é que a inflação média deste trimestre fique em 1,5% ao mês. Uma das preocupações da equipe econômica neste final de ano é o reajuste das mensalidades escolares, que têm peso nos indicadores de inflação.
A queda nos preços dos aluguéis deve pressionar os indicadores de inflação para baixo. A previsão da equipe econômica para 1996 é que a inflação média mensal fique entre 1,3% e 1,5%, o que dá uma inflação anual entre 16% e 18%, ainda elevada, mas bem abaixo dos patamares anteriores ao Plano Real.
A política de flexibilização das medidas de restrição ao crédito continuará sendo feita de maneira gradual.
Além de continuar estudando novas reduções no compulsório que os bancos recolhem ao Banco Central, o governo analisa também o parcelamento das compras feitas com cartão de crédito.

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