São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995
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Coreógrafos inovam estética

ESPECIAL PARA A FOLHA

Quatro coreógrafos se destacam hoje na dança canadense: Édouard Lock, do La La La Human Steps; Jean-Pierre Perrault; Marie Chouinnard e Ginette Laurin, que fundou em 1984 a cia. O Vertigo Danse.
Lock e Laurin participam neste ano do Festival International de Nouvelle Danse em Montreal. Pelo que vêm demonstrando, ambos estão em fase de reformulação estética, após sucesso na primeira fase de carreira. Inédito no Brasil, O Vertigo Danse está cotado para participar do Carlton Dance Festival.
Ginette Laurin foi ginasta antes de se dedicar à dança. À frente de seu grupo, vem explorando uma dança teatral, que já se deteve em temas como as dificuldades físicas do corpo humano.
Como a maioria dos coreógrafos contemporâneos, Laurin se encanta com os contrastes, paradoxos e ambivalências do ser humano.
Em "Déluge", apresentado em Montreal, Laurin expressa uma visão onírica do fim da vida ou da própria humanidade. Abordado como um rito de passagem, o tema se detém nos mitos que afloram num fim de século.
Mas, a proposta da coreógrafa não envolve o espectador. Embora ela proponha um encontro de tensões entre o mundo terrestre e o celestial, tudo transcorre de forma monocórdia. Balé da Cidade de São Paulo já fez melhor nas épocas de crise.

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