São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995
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Jean Seberg volta ao estrelato

FERNANDA SCALZO
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois filmes que serão exibidos na Mostra se ocupam em decifrar a vida e a morte da atriz Jean Seberg: o documentário alemão "Jean Seberg, Atriz Americana", de Fosco e Donatello Dubini, e o norte-americano "Dos Diários de Jean Seberg", de Mark Rappaport.
A atriz (1938-1979), que ficou famosa como a garota de Belmondo em "Acossado" (1959) de Jean-Luc Godard, foi encontrada morta em seu carro em Paris, em circunstâncias misteriosas explicadas como "suicídio".
O documentário americano mostra a atriz falando em primeira pessoa, como se estivesse hoje viva, analisando sua carreira. Segundo ela, seu primeiro papel no cinema, como a Joana D'Arc do filme de Otto Preminger (1957), foi um fiasco. "Não tinha nem estatura para o papel", diz a personagem.
Seberg fala também das perseguições que sofreu do FBI porque ajudava os ativistas do grupo Panteras Negras, do fracasso de seus três casamentos, da morte de sua filha recém-nascida.
O que faz de "Dos Diários de Jean Seberg" um documentário mais que interessante é o fato de o diretor não se intimidar em tomar partido e não simular nenhuma objetividade.

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