São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995 |
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Ahn Hung revisita o Vietnã
AMIR LABAKI
O jovem cineasta chamara atenção em "O Cheiro de Papaya Verde" ao recriar em estúdio, com uma iluminação especial, o Vietnã mítico que abandonara na infância. Anh Hung parecia filmar com as pontas dos dedos. "O Ciclista e O Poeta" reflete o choque diante da modernização de um Vietnã não menos miserável. É uma revisita pós-moderna ao clássico neo-realista "Ladrão de Bicicletas", transposta para a Ho Chi Min (ex-Saigon) nos dias de hoje. Lá, Tran Ahn Hung criou um adeus à inocência, para submetê-lo ao mais insuportável maneirismo. Tudo se torna motivo para cores fortes assaltarem a tela. O caligrafista de ontem virou grafiteiro. "O Ciclista e O Poeta" bem poderia ser rebatizado de "Viet Blue". (Amir Labaki) Texto Anterior: 'Underground' chora fim da Iugoslávia Próximo Texto: 'Pasolini' revê crime que levou à morte do poeta Índice |
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