São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995 |
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Lean realiza o épico do banal
MARCELO REZENDE
Mas em "A Filha de Ryan", de David Lean (TNT, 16h45), parece existir um desejo de perverter essas mesmas regras. Há no filme, que conta a história de um triângulo amoroso durante a conturbada vida política da Irlanda da década de 20, uma necessidade de colocar em primeiro plano não mais os fatos da grande história, mas as pequenas baixezas e contradições daqueles que a fazem. Distante de "Lawrence da Arábia" ou "Doutor Zivago", outros filmes no registro épico de Lean, o filme está mais próximo de seus trabalhos iniciais, como "Desencanto". O que se procura em "A Filha de Ryan" é uma aproximação entre o menor e o maior, entre a grande distância e a pequena referência. Não se conta aqui a história de um país ou de um grande líder. O que se mostra é apenas uma de amor. Texto Anterior: Tornatore perde paraíso dos sentimentos Próximo Texto: Silverchair traz agressividade sincera Índice |
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