São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995
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CRONOLOGIA

1939 - O governo firma acordos econômicos com os EUA, recebendo empréstimos de US$ 50 milhões.
1940 - Instituição do salário mínimo e instituição do imposto sindical. O governo americano aprova empréstimos para a construção de Volta Redonda.
1941 - Criação da Companhia Siderúrgica Nacional. A medida integra a política de Getúlio para o desenvolvimento da indústria de base, até então inexistente no país.
1942 - Com o corte de três zeros, a moeda, o mil réis, passa a se chamar cruzeiro.
1943 - Instituição da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), reunindo todas as resoluções trabalhistas tomadas desde 1930.
1944 - Criação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para empreender estudos e pesquisa na área de administração pública e privada.
1945-46 - Getúlio Vargas é deposto pelas Forças Armadas e José Linhares, presidente do STF, assume até a posse do novo presidente eleito, Eurico Gaspar Dutra.
1948 - Implementação do Plano Salte, primeiro plano de metas adotado por um governo brasileiro. O plano tinha como prioridade as áreas de saúde, alimentação, transportes e energia.
1951 - O governo anuncia o plano quinquenal, que ficaria conhecido como Plano Lafer. O plano prometia investimentos de até US$ 1 bilhão para desenvolver a indústria de base, a produção de energia e os transportes.
1953 - Criação da Petrobrás e instituição do monopólio estatal na extração e refino do petróleo.
1954 - Getúlio Vargas suicida-se no Palácio do Catete.
"50 anos em 5"
1955 - Começa a ser produzido a Romi-Ísetta, primeiro automóvel de fabricação nacional, pela Romi de Santa Bárbara d'Oeste, SP.
1956 - O presidente Juscelino Kubitschek toma posse e anuncia seu Programa de Metas, com 30 prioridades. A abertura da economia ao capital estrangeiro é vista como condição de desenvolvimento. O slogan "50 anos em 5" é a palavra de ordem.
1956-60 - O capital estrangeiro financia as áreas prioritárias do Plano de Metas: indústria automobilística, construção civil (estradas), transportes aéreos, eletricidade e siderurgia. A instalação das grandes indústrias automobilísticas tem início com o lançamento da Rural Willis em 1956.
1960 - Transferência da capital federal para Brasília e eleição de Jânio Quadros.
1961 - Jânio Quadros renuncia após sete meses de sua posse. O vice-presidente João Goulart assume em meio a uma profunda crise política e econômica. O governo apresenta o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social, elaborado pelo ministro Celso Furtado com o objetivo de promover o crescimento econômico com a redução da inflação.
1962 - Aprovação do Projeto de Lei sobre Remessa de Lucros, que regulamenta juridicamente os capitais estrangeiros no país.
1964
Abril - Os militares destituem o presidente João Goulart. O presidente Castello Branco nomeia o diplomata Roberto Campos para o Ministério do Planejamento e o economista Octavio Gouvêa de Bulhões para a Fazenda. Os dois começam a implementar o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG).
16.jul. - A lei 4.357 reforma o Imposto de Renda e cria as Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTNs), com o objetivo de viabilizar contratos de longo prazo e compensar a perda da arrecadação tributária.
31.dez. - São criados o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN), que passam a executar e fixar as diretrizes econômicas do país.
1967 - A nova Constituição fortalece o regime militar aumentando os poderes do Executivo e limitando os do Congresso. O presidente Arthur da Costa e Silva nomeia o economista Antônio Delfim Netto para o Ministério da Fazenda. O cruzeiro perde três zeros e passa a se chamar cruzeiro novo.
1968-73 - O país cresce 10% ao ano. É o chamado "milagre econômico". São iniciadas as grandes obras do governo, como a Transamazônica e a ponte Rio-Niterói, e é assinado o acordo para a construção da hidrelétrica de Itaipu. Em 1970, a moeda volta a se chamar cruzeiro.
1973 - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) duplica o preço do produto, ocasionando a crise do petróleo. A crise dá início a uma recessão mundial e marca o fim do milagre econômico.
1976-80 - Na esteira da crise do petróleo vieram a alta da inflação e o crescimento da dívida externa. Em 1978, a dívida externa dobrou, atingindo a marca de US$ 43,5 bilhões. Em 1980, a inflação ultrapassa os 100% ao ano, recorde até então. A crise econômica aliada à abertura política geraram um forte movimento sindical.
1981 - O PIB sofre queda de 1,6%, o que não acontecia desde a década de 40.
1982/84 - A crise no pagamento da dívida externa agravou os problemas da economia brasileira, que era ancorada pela captação de recursos no exterior. Em 83, o PIB cai 5% e a inflação bate novo recorde: 211,02%. O PIB volta a crescer em 1984 (4,5%), mas a inflação continua em alta (223%).
1985 - Toma posse José Sarney, o primeiro presidente civil depois de 20 anos de regime militar. Sarney era o vice de Tancredo Neves, que adoeceu na véspera da posse e morreu dois meses depois.
1986 - O governo decreta o Plano Cruzado de combate à inflação e estabilização da economia. Implementado pelo ministro Dilson Funaro, o plano criou nova moeda, o cruzado, congelou câmbio, preços e salários, extinguiu a correção monetária e adotou uma tabela deflatora para adequar as dívidas contraídas anteriormente a uma economia sem inflação. Em novembro, o governo decreta o Plano Cruzado 2, que marcou o fim do congelamento com o aumento dos preços das tarifas públicas e impostos.
1987 - A volta da inflação fez com que o governo adotasse o Plano Bresser, que congelou preços, aluguéis e salários por três meses. Nesse ano o governo decretou moratória parcial da dívida externa.
1988 - Promulgada a nova Constituição.
1989 - O governo anuncia o Plano Verão. O novo choque tentou, sem sucesso, desindexar a economia e controlar os gastos públicos. O cruzado perde três zeros e passa a se chamar cruzado novo.
1990 - Fernando Collor de Mello assume a Presidência e anuncia o Plano Collor, que confiscou os recursos acima de CR$ 50 mil depositados em contas correntes e poupanças. A moeda volta a se chamar cruzeiro. A falta de liquidez gerada pelo confisco reduziu o consumo e várias empresas entram em concordata. O governo adota uma política liberalizante de comércio exterior, inicia o programa de privatização e flexibiliza a legislação sobre investimento estrangeiro no país.
1991 - A equipe econômica decreta o Plano Collor 2, congela preços e salários e restringe as aplicações financeiras.
1992 - O Congresso Nacional aprova o impeachment do presidente Collor, acusado de corrupção. Assume o vice Itamar Franco.
1993 - Itamar Franco nomeia Fernando Henrique Cardoso para o Ministério da Fazenda, que adota um programa de ação imediata. A moeda passa a se chamar cruzeiro real.
1994
Mar. - O governo cria a Unidade Real de Valor (URV), o indexador que serviria de base para a criação de uma nova moeda.
Abril - O diplomata Rubens Ricupero assume o ministério no lugar de Fernando Henrique, que se desligou do cargo para disputar as eleições presidenciais.
1º de julho - Entra em vigor a nova moeda, o Real.
3.out. - Fernando Henrique é eleito o novo presidente da República. Nos últimos dias do ano estoura a crise cambial no México, que provocou forte queda nas bolsas brasileiras.
1995 - Fernando Henrique Cardoso assume a Presidência. Já nos primeiros meses de governo, a balança comercial apresenta sucessivos déficits mensais. São adotadas medidas de restrição às importações e ao consumo. As medidas provocam um aumento da inadimplência e de concordatas. As primeiras reformas constitucionais começam a ser aprovadas e em junho é derrubado o monopólio estatal na exploração e refino de petróleo. A inflação apresenta queda e, apesar das altas taxas de juros, são anunciados grandes investimentos estrangeiros no país.

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