São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995 |
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Japão quer importar autopeças brasileiras
ANTONIO CARLOS SEIDL
O Brasil foi escolhido como a prioridade da iniciativa, coordenada pelos escritórios do Rio e São Paulo da Jetro (Japan External Trade Organization), agência governamental de comércio exterior. O programa, chamado "Plan Project", escolheu três setores da indústria brasileira para os esforços iniciais: alimentos e bebidas; mármores e granitos, e autopeças. A estratégia da Jetro é baseada em organizar e financiar a participação de empresas brasileiras em feiras industriais no Japão. A Jetro divulga programas de comunicação, que usam recursos audiovisuais para aumentar o índice de conhecimento dos produtos brasileiros no competitivo mercado japonês. A organização também estimula o intercâmbio de técnicos japoneses e brasileiros para o aperfeiçoamento de produtos do Brasil destinados ao Japão. Saburo Yuzawa, presidente da Jetro-SP, diz que a principal meta do "Plan Project" é incentivar exportações de produtos industrializados brasileiros. Tradicionalmente, o Brasil tem exportado para o Japão produtos primários: matérias-primas agrícolas ou de mineração. Como resultado imediato da iniciativa, as exportações de suco de laranja para o Japão saltaram de US$ 52,2 milhões da safra 92/93 para US$ 95,6 milhões em 94/95. Após o sucesso com o suco de laranja, os esforços vão se concentrar agora no setor de autopeças. A Jetro vai investir US$ 700 mil, nos próximos três anos, para tentar colocar autopeças brasileiras nos veículos japoneses. A partida será dada este mês, quando a Jetro levará empresas brasileiras de autopeças para participar, de 27 de outubro a 8 de novembro, do Salão do Automóvel no Centro de Convenções de Makuhari, em Tóquio. "O problema é atingir o alto nível de qualidade exigido pela indústria automotiva japonesa", diz Yuzawa. Para a Jetro, há potencial para as autopeças brasileiras no mercado japonês. A produção automobilística japonesa alcançou 10,5 milhões de unidades em 94, dez vezes mais do que a brasileira. Texto Anterior: Sadia explora mudança alimentar Próximo Texto: Bastos é capital nacional do ovo Índice |
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