São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 1995
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Deputado se viu em "dilema"

SERGIO TORRES
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O deputado José Thomaz Nonô (PMDB-AL) disse à Folha que a Lei do Sigilo Bancário restringe o acesso a documentos que tragam informações sobre a movimentação de dinheiro em contas bancárias.
Segundo o deputado, o pedido dos procuradores da República para analisar os documentos dos envolvidos no suposto "esquema Arrieta" o deixou em "um dilema".
"De um lado, a norma constitucional geral, que é a de dar assistência ao Ministério Público, à Justiça. Do outro, a Lei do Sigilo Bancário, da qual discordo. Mas há sanções penais para quem quebra o sigilo", afirmou Nonô.
Presidente da Comissão de Documentos Sigilosos da Câmara, Nonô disse que agendou três reuniões com os demais membros para discutir o pedido dos procuradores.
Segundo ele, a primeira reunião seria na noite de terça-feira, mas não houve tempo para avisar Carneiro e Cobra.
A reunião ficou marcada para as 10h de anteontem. Cobra e Carneiro integram a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que no mesmo horário votava a reforma administrativa do governo. Adiada para as 15h, voltou a fracassar.
A deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP) disse à Folha que não soube das reuniões.
"Foi um dia complicado. Estava na CCJ, fui almoçar com o governador Mário Covas (SP), que estava em Brasília. Não recebi nenhum recado", afirmou.
O deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) não foi localizado pela Folha.
(ST)

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