São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 1995
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Preso na África do Sul suspeito de 41 mortes

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Policiais sul-africanos prenderam ontem o principal suspeito do assassinato de pelo menos 41 pessoas em subúrbios de Johannesburgo e Pretória (capital administrativa).
Mosses Sithole foi baleado no pé e na barriga ao reagir à prisão, atacando os policiais com um machado, na cidade de Benoni, leste de Johannesburgo.
George Fivaz, comissário de polícia, disse que um policial ficou levemente ferido na ação.
"Tivemos de usar força porque estávamos lidando com uma pessoa anormal", disse Fivaz.
Segundo ele, Sithole era procurado há várias semanas como o assassino de 40 mulheres e um garoto. "Não sabíamos como ele iria reagir ao ser preso."
Segundo a polícia, Sithole, 31, enviou cartas e telefonou para a maioria de suas vítimas.
Os crimes começaram ano passado. Todas as mulheres foram estupradas e depois estranguladas com uma camiseta. As mulheres eram todas negras.
O comissário afirmou que Sithole foi levado para um hospital e passava bem. "Ele trabalhava como conselheiro juvenil e tinha toda uma psicologia para se aproximar das vítimas", afirmou Fivaz.
Ele confirmou que Sithole "atraiu suas vítimas para a morte por meio de correspondências e de contatos telefônicos".
A polícia fez um retrato falado do maníaco a partir de informações de diversos setores da comunidade e os espalhou pela cidade. Foram feitos apelos para que as pessoas não o matassem.
Sithole pode ser o homem que telefonou para dois jornais de Johannesburgo, há alguns meses, dizendo ser o matador. Em um dos contatos, afirmou ter assassinado 76 pessoas e não apenas 40.
Segundo Fivaz, o presidente Nelson Mandela teria parabenizado os agentes envolvidos na ação.

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