São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
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Trompetista tenta ressuscitar Louis Armstrong

CARLOS CALADO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O trompetista Leroy Jones, 37, foi a primeira atração da noite dedicada à música de Nova Orleans no Free Jazz Festival, ontem em São Paulo. O americano abriu seu show às 21h10 com um clássico de Duke Ellington, "Things Ain't What They Used to Be".
Já no segundo número, "When my Dreamboat Comes On", uma canção típica do jazz tradicional de sua cidade natal, Nova Orleans, o trompetista também exibiu seus dotes vocais. Não é um cantor privilegiado, mas sabe disfarçar suas deficiências de articulação e emissão com simpatia, caretas e passos de dança.
Sem apelar para a imitação escancarada, deixa claro que seu modelo musical é o mestre Louis Armstrong. Como trompetista, perto de seu conterrâneo Wynton Marsalis, Jones soa tradicional e excessivamente reverente. Toca como se estivesse nos anos 30.
Apesar da pretensão de sua gravadora, para chegar aos pés de Louis Armstrong, Jones ainda tem décadas de estrada pela frente. Só resta esperar que, a exemplo de seu padrinho Harry Connick, que imitou Frank Sinatra no início da carreira, Jones também consiga se desligar do fantasma de Armstrong.

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