São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
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Reservas em dólar atingem US$ 48,7 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As reservas em dólar e outras moedas fortes do governo aumentaram de US$ 47,660 bilhões em agosto para US$ 48,713 bilhões em setembro. Pela segunda vez consecutiva, o valor das reservas registrou recorde histórico.
Desse total, US$ 46,614 bilhões estão à disposição imediata do Banco Central -eram 45,776 bilhões em agosto.
As reservas, já consideradas excessivas pelo governo, cresceram porque o governo continuou comprando os dólares que entram no país, evitando, com isso, a queda da cotação da moeda norte-americana e a redução das exportações.
O mês de setembro voltou a registrar forte entrada de dólares no país -US$ 1,526 bilhão-, embora menor que os US$ 5,808 bilhões de agosto, que fizeram o governo tomar medidas restritivas ao capital externo.
Segundo os dados do BC, o movimento das exportações foi o principal responsável pela entrada de dólares em setembro.
A média diária das exportações subiu de US$ 205 milhões em agosto para R$ 223 milhões em setembro, conforme o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
O BC usará as reservas para comprar com deságio os títulos da dívida externa com os bancos privados. Desde o último dia 17, o Brasil voltou ao mercado secundário de títulos no exterior, depois de ter antecipado o pagamento das garantias do acordo de 1994.
O Brasil tem uma dívida de US$ 43,5 bilhões em títulos junto aos bancos privados.

Base monetária
O BC não conseguiu cumprir uma meta que impôs à sua política monetária: manter o volume de dinheiro em circulação e títulos de alta liquidez -a chamada base monetária ampliada- em R$ 94 bilhões na média do terceiro trimestre do ano. A média ficou em US$ 98 bilhões.
A maioria dos especialistas não considera o estouro dessa meta preocupante. O próprio BC se permitiu ultrapassar em até 20% a emissão de títulos e moeda delimitada -e esse percentual foi respeitado.

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