São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
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"Matança de Porco" tematiza a loucura e a injustiça da sociedade

DA REDAÇÃO

Peça: Matança de Porco
Texto: Peter Turrini
Direção: Nehle Franke
Elenco: Jô Granjeiro, João Andrade Joca, Rodger Rogério, Danilo Pinho, Claudio Jaborandy e Paulo Ess
Quando: hoje e dias 27 e 28, à meia noite
Onde: Teatro Hall (r. Rui Barbosa, 670-67, tel. 011/284-0290)
Ingresso: R$ 12

Uma alemã de 23 anos formada em direção teatral aporta em Fortaleza e resolve polemizar mexendo com valores e condutas sociais com uma trupe integrada apenas por homens.
A Companhia Sol Sucesso, coordenada por Nehle Franke, conquistou o Nordeste e chega a São Paulo com a peça "Matança de Porco", premiada como um dos Destaques do Ano do Ceará e vencedora do 2º Festival Nordestino de Teatro.
É a história de uma família de fazendeiros de uma pequena vila que tem um filho caçula, Valente, que não fala, apenas grunhe. Desesperado com o constrangimento por que passa na vila, o pai manda chamar o médico para achar uma solução ao problema.
Os esforços, no início inocentes, transformam-se em torturas crescentes. Numa delas, o irmão mais velho planeja a mudança de Valente para um chiqueiro.
Incapazes de lidar com a situação, as autoridades da vila reúnem-se para examinar o caso. Concluem que os grunhidos de Valente eram mesmo de um porco e forçam a família a matar Valente para resolver o problema.
A sensação do incômodo, da opressão ao "diferente", é intencional da diretora, que ao chegar ao Brasil se surpreendeu com a superficialidade dos temas até então tratados em peças de Fortaleza.

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