São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995 |
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Festa dos 50 anos da ONU tumultua Nova York
DANIELA FALCÃO
Para garantir a segurança de reis, presidentes e primeiros-ministros, o Departamento de Polícia de Nova York e agentes do Serviço Secreto bloquearam o trânsito em 20 quarteirões. É o maior esquema de segurança já montado pela polícia nova-iorquina. "Não haverá outro evento desse porte até 2045, quando a ONU fará cem anos", afirmou o diplomata português Diogo Freitas do Amaral, que presidirá o evento. O rigor da polícia foi criticado pelos moradores de Manhattan. É a segunda vez em menos de um mês que os nova-iorquinos têm sua rotina tumultuada por motivos de segurança. Entre 4 e 8 de outubro, a parte leste da cidade ficou intransitável por causa da visita do papa João Paulo 2º. Entre domingo e terça, 180 reis, presidentes, vice-presidentes e premiês falarão ao plenário da Assembléia Geral da ONU. Além de discursar, eles terão encontros privados entre si. Entre os mais esperados está a reunião do presidente dos EUA, Bill Clinton, com o da China, Jiang Zemin, na terça-feira. Outro encontro que está sendo aguardado com muita expectativa é o do presidente francês, Jacques Chirac, com o seu colega argelino, Liamine Zéroual. O motivo é a tensão entre os dois países por causa dos recentes atentados terroristas na França, cuja autoria vem sendo creditada a extremistas argelinos. O presidente Fernando Henrique Cardoso tem encontros marcados -entre outros- com Clinton, com Chirac, com o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, e com o russo Boris Ieltsin. Apesar de não ter sido formalmente convidado pelo Comitê Organizador do Cinquentenário da ONU para participar das comemorações, o presidente cubano, Fidel Castro, chega aos EUA amanhã. Ele ficará de fora do jantar de gala que será oferecido hoje pelo prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, a 160 chefes de Estado. Fidel também não foi convidado para a recepção que o presidente dos EUA oferecerá amanhã à noite nos jardins da Biblioteca Pública. O presidente da Geórgia, Eduard Chevardnadze, cancelou sua participação ontem. Ele não explicou o motivo da desistência. O chanceler (premiê) alemão, Helmut Kohl, havia cancelado sua presença na semana passada. Texto Anterior: Chile prepara prisão para Contreras Próximo Texto: Argentina e Reino Unido têm 1ª cúpula desde guerra Índice |
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