São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995
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Contreras começa a cumprir pena na prisão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O general da reserva chileno Manuel Contreras, 65, chegou à prisão de Punta Peuco, a 40 km de Santiago (capital), à 1h40 de ontem. Um comboio de veículos militares o levou do hospital militar no sul do país onde ele se refugiava há quatro meses e meio.
Condenado pela autoria intelectual do assassinato do líder socialista Orlando Letelier, em 1976, ele dizia que não iria cumprir "nem um dia sequer" de sua pena de sete anos.
O presidente Eduardo Frei disse que a ida de Contreras para a prisão "demonstra que a lei está imperando no país".
A rebeldia do ex-chefe da polícia secreta do regime militar de Augusto Pinochet criou tensão entre o governo e as Forças Armadas. O próprio Pinochet armou a operação que refugiou Contreras no hospital militar e deu declarações de apoio à rebeldia dele.
Segundo o governo, os militares exigiram que ninguém visse a chegada do general ao presídio, o mais seguro do país e construído para abrigar militares condenados por violações aos direitos humanos. As celas têm banheiros privados e TV paga, e a prisão tem uma clínica médica interna.
Lá, ele foi examinado, segundo o Ministério da Justiça. Durante o tempo em que permaneceu no hospital militar, ele alegou diversos problemas de saúde -hipertensão, diabetes e uma hérnia abdominal.
O brigadeiro Pedro Espinoza cumpre pena de seis anos em Punta Peuco pelo mesmo crime. Letelier foi morto em Washington (EUA), num atentado a bomba.

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