São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995
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a meca da Mooca

SÉRGIO DÁVILA

Além disso, a Emplasa (Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo) e a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) pretendem aproveitar a oportunidade e reativar a estação de trens da Mooca, a poucas quadras.

Dinheiro para ficar velho
O prédio, alugado de uma família de investidores, é uma construção inglesa do fim do século passado. Ao imaginar a reforma, Mariutti quis manter a "característica fabril". "Gastamos um dinheirão para deixar com aparência de velho", brinca.
Entre 6.000 e 8.000 metros de parede foram descascados para que tudo ficasse com tijolo aparente. As ferragens aparentes ganharam pintura com uma solução que imita ferrugem. Materiais antigos foram reaproveitados na reforma.
Logo ao lado da entrada, há uma praça com um chafariz e um conjunto de lojas, entre elas a Di Cunto, nome tradicionalíssimo na região -na mesma rua do moinho, funciona essa empresa de panetones, doces e salgados, desde 1878 no Brasil.
"Foi um convite simbólico, apesar de a Di Cunto não fazer parte dos patrocinadores", diz Ortali. Metade dos US$ 3 milhões de investimento vêm dos sócios. A outra metade foi bancada por nomes como Fiat, Varig, Parmalat e O Boticário.
E Coca-Cola, Brahma e Kaiser (que vão servir seus produtos lá), Hollywood Light (que vai ter uma tabacaria) e Sadia (com uma loja de frios).

Cara da Mooca
Mais à esquerda, há pizzaria -"bem a cara da Mooca", diz Oliva- e capela. Velas serão vendidas nas lojas para os pedidos à imagem envelhecida de Santo Antônio, já benta.
"Originalmente, o moinho tinha outro nome", diz Ortali. "Escolhemos esse por ser o santo de devoção dos imigrantes italianos do começo do século." Já há até um casamento marcado no lugar para o começo de fevereiro próximo.
O principal, porém, é o prédio de acolhida, onde estava o moinho propriamente dito. É uma construção

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