São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995 |
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Confira a cena da agressão Marcelo e Isabela. Quase um cerco de gato e rato. Ele se aproxima e ela se afasta. Ele não consegue pegá-la. Marcelo (arrasado) - Por que você fez isso comigo? Por que me traiu com esse cafajeste dentro da nossa própria casa? Isabela - Por sua culpa! Porque você não me ama mais. Porque prefere acreditar num chantagista nojento como aquele do que em mim. Marcelo - Você me trai e a culpa é minha? Isabela - É sua, sim! (Com raiva) Porque você é um velho acomodado, um velho cansado que não compreende as necessidades de uma mulher jovem como eu. Marcelo (furioso, arrasado, humilhado) - Você me amava, Isabela. Você me amava! (Apóia-se na pia, de costas para ela. Quase chora.) Isabela (com raiva) - Você não é o homem com quem me casei! Você não tem nada a ver com aquele Marcelo que gostava de sexo, que gostava de riscos, que se encontrava comigo à noite nesta cozinha e fazia amor comigo em cima desta mesa. Você murchou, você envelheceu, você não é mais homem para mim há muito tempo, Marcelo! E eu sou muito jovem. Eu tenho muita vida pela frente e não vou apagar meu fogo por causa de você! Você virou um velho inútil e imprestável! (Ele pega uma faca que está por ali, sobre a pia, e aponta para ela.) Marcelo - Vou te matar, Isabela! Vou te matar, sua vadia! (Desfecha um golpe de faca nela.) Texto Anterior: Feministas condenam agressão a Isabela Próximo Texto: "O mal não tem sexo", rebate Silvio de Abreu Índice |
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