São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995 |
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Deputado pede e PTB pressiona
LUCIO VAZ
Andrada pretendia votar contra o governo. Pressionado pelo líder do bloco PFL-PTB, Inocêncio Oliveira (PFL-PE), aceitou mudar de posição. Mas exigiu que o PTB fosse mais "duro", segundo relato do líder, Nelson Trad (MS). Na última sexta-feira, Trad enviou um ofício a Andrada com uma recomendação: "Em resposta à sua indagação, informo que a Executiva Nacional entende que, na CCJ, temos de ser solidários com as propostas da reforma administrativa do governo". Às 11h de ontem, Andrada deixou a CCJ e foi ao gabinete do líder do PTB. "Ele disse que o ofício não era suficiente. Precisava de uma posição mais dura do partido para justificar a sua mudança", relatou Trad à Folha. Andrada foi em seguida ao gabinete do líder do bloco PFL-PTB. Inocêncio ligou para Trad e reforçou o pedido de um novo ofício. O líder do PTB redigiu outro, dessa vez à bancada do partido na CCJ. "A Executiva Nacional do PTB fez chegar a esta liderança sua decisão no sentido de fechar questão sobre a matéria", dizia o ofício. Andrada voltou à comissão e votou a favor do governo. Mas Trad teve um cuidado a mais. Para não forçar o voto de Vicente Cascione (PTB-SP), que queria votar contra o governo, o líder do PTB acrescentou no ofício que a comunicação era feita "sob a forma de recomendação". Trad disse que a decisão da direção do partido foi tomada após encontro dele e do presidente do PTB, Rodrigues Palma, com o presidente Fernando Henrique Cardoso, na última quinta-feira. "O presidente fez ver que a questão era política. A aprovação da reforma é uma sinalização para o capital estrangeiro. Ele disse que mandaria o (ministro) Bresser encontrar uma fórmula para adequar juridicamente o projeto do governo", contou. Texto Anterior: Votação na Câmara quase termina em agressão Próximo Texto: Mulher de Prisco faz lobby Índice |
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