São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995
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Tenente responde a quatro processos

MARCELO GODOY; CHRISTIAN CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O tenente Maurício de Araújo, acusado de liderar os 20 PMs que teriam torturado o comerciante Messias Francisco de Souza e sua mulher, a professora Dirce Maria Anacleto, responde a quatro processos no TJM (Tribunal de Justiça Militar).
Araújo é acusado de um homicídio, de uma lesão corporal (espancamento), de uma prevaricação (deixar de cumprir lei por motivo pessoal) e de um constrangimento ilegal.
As quatro acusações foram feitas em 1994 e 1995. O tenente alega inocência e legítima defesa. Araújo deverá ser ouvido até o fim da semana no inquérito militar que apura a tortura do casal.
No dia em que a tortura teria acontecido (18 de outubro), ele não usava farda e estaria fazendo uma "apuração reservada" sobre a morte do soldado Ricardo Nabuco de Souza". Araújo está afastado do patrulhamento das ruas.
Os outros dois PMs afastados sob a acusação de participar da tortura também respondem a processos na Justiça Militar. O cabo Paulo Zanzini tem 13 processos por homicídio, e o soldado Antônio Campos é acusado de assassinato. Eles alegam legítima defesa.
O comerciante Messias e sua mulher fizeram uma lista de objetos quebrados em sua casa pelos PMs. Entre eles estão quatro portas, vasos, uma mesa e um aparelho de som. Eles também disseram que os PMs roubaram uma pistola de Messias e uma blusa de Dirce.
(MG e CC)

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