São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995 |
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Educação e a TV Há bem pouco tempo profissionais ligados à educação costumavam apontar para os efeitos nocivos da televisão na formação dos indivíduos. Tornou-se então quase um lugar-comum afirmar que "a televisão emburrece". As confusões entre meio e mensagem, e entre meio e espectador, ajudaram a fazer prosperar o diagnóstico sombrio. Hoje parece claro que a má qualidade de alguns programas não atinge em absoluto a eficácia do veículo, e a postura quase hipnótica d alguns telespectadores não se deve a um suposto poder de hipnose eletrônica. A mais intensiva introdução da TV em atividades educativas, proposta no 2º Congresso Internacional de Televisão e Educação promovido pelo Senac e pela ECA da USP, responde à necessidade dessa importante distinção. A TV em sala de aula pode facilitar o acesso a informações de que o professor nem sempre dispõe, e com grande rapidez, sem eliminar a importância do docente e da interação pessoal na aprendizagem. E para casos-limites em que não se pode contar com a presença do professor a transmissão televisiva é sem dúvida um substituto nada desprezível. Por fim, deve-se ressaltar sua importância para a formação complementar do professor, sobretudo do que não tem acesso ao intenso intercâmbio cultural dos grandes centros do país. Já para os que, ainda presos aos métodos tradicionais, não se convencem da função complementar da TV, talvez reste lembrar o adágio bélico: "Se não puderes com teu inimigo, melhor unir-te a ele". Texto Anterior: Hipocrisia teológica Próximo Texto: Só Deus sabe Índice |
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