São Paulo, domingo, 29 de outubro de 1995
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Gráfico analisa consequências

LILIANA LAVORATTI

LILIANA LAVORATTI; DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A evolução do estado de espírito dos servidores do Banco do Brasil nas fases do PDV (Programa de Demissões Voluntárias) foi prevista em um gráfico preparado por uma empresa de consultoria e chamado "montanha-russa da transição".
A "montanha-russa", segundo a DBM (Drake Bean Morin do Brasil), começou com a "inquietação" e "tensão" geradas pelos boatos de demissões.
Após o anúncio, os sentimentos passaram a ser de "choque, confusão, temor, raiva, tristeza e depressão".
As duas últimas etapas da "nova situação" programada para o BB são o "comprometimento" e o "envolvimento" dos que ficaram.
Isso, porém, levará algum tempo para acontecer. No diagnóstico que fez da situação dos "sobreviventes", a consultoria previu que o atendimento à clientela do banco será afetado pelo ânimo geral dos funcionários.
O "impacto na satisfação do cliente" e a "quebra de produtividade" nas agências são consequências da "frustração, raiva, insegurança e medo" que ainda persistem entre os servidores do BB.

PDV
O Programa de Desligamento Voluntário, encerrado no início de agosto, resultou em 13 mil demissões incentivadas. Os funcionários que aderiram ao PDV receberam indenizações e incentivos.
Os incentivos incluíram prêmio em dinheiro de acordo com o tempo de serviço no banco, manutenção da assistência médica por mais 18 meses e saque de 98% da reserva de poupança do fundo de pensão.
O presidente do BB, Paulo César Ximenes, calculou o custo do PDV em R$ 650 mil. Segundo ele, a demissão dos 13 mil funcionários trouxe uma economia de R$ 900 milhões ao ano para o banco, cerca de 15% da folha de pessoal.

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