São Paulo, domingo, 29 de outubro de 1995
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"Arrependidos" são beneficiados

EMANUEL NERI
DO ENVIADO ESPECIAL

Um dos instrumentos mais eficazes utilizados por Fujimori no combate ao terrorismo foi a Lei do Arrependimento.
Criada em maio de 1992, a lei beneficiou cerca de 6.000 pessoas acusadas de atividades subversivas no país.
A Lei do Arrependimento beneficiou terroristas que resolveram colaborar com as forças policiais.
Os benefícios foram da redução à extinção de penas. A lei deixou de vigorar no ano passado.
O Estado peruano também beneficia os "arrependidos" com a troca de documentos de identidade e privilégios na obtenção de empregos. Para evitar represálias, o governo facilita a saída do país.
Graças a essa lei, a polícia peruana conseguiu dar o golpe mortal no terrorismo -as prisões de Abimael Guzmán, principal líder do Sendero Luminoso, em setembro de 1992, e Victor Polay Campos, do Tupac Amaru. Ambos foram condenados à prisão perpétua.
A mesma lei ajudou a polícia a localizar acampamentos terroristas na Amazônia peruana.
Sem a ajuda dos "arrependidos", dificilmente a polícia teria conseguido desmantelar o aparato terrorista do Peru.
(EN)

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