São Paulo, domingo, 29 de outubro de 1995
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Ana é a mais odiada no spa

SÉRGIO DÁVILA
DA REVISTA DA FOLHA

Torcer emagrece? Se sim, assistir aos últimos capítulos de "A Próxima Vítima" vem sendo o mais aguardado exercício no badalado spa Sete Voltas, em Itatiba, interior de São Paulo.
Todos os dias, depois de um jantar frugal -consomê, folhas, legumes, 200 calorias-, a turma se reúne numa saleta com telão, estéreo e sofás largos e confortáveis.
E começa a torcida. Uns roem a unha (pode ser fome), outros suam bastante (talvez os quilos a mais), todos têm sua teoria. Isabela e Zé Bolacha lideram as suspeitas.
Uma senhora ao lado (dieta normal, 600 calorias por dia) diz: "Isabela é má, vai ter de pagar no final". Um rapaz (monitor de caminhada) se intromete: "Mas se o Zé matou a mulher, não custa matar mais uns..."
Entram os comerciais. Em qualquer lugar, é a parte mais odiada. Não num spa. Um dos motivos é que os retardatários aproveitam para colocar em dia o que perderam.
Uma senhora (dieta de líquidos) cobra o resumo. A Cláudia Ohana discutiu com o Alexandre Borges, o José Wilker falou... "Assim não", ela interrompe, olhos rútilos. "Os nomes. Fale os nomes dos personagens!"
O outro motivo são os próprios comerciais. Há duas semanas, dois faziam sucesso. Um molho de tomate e uma nova bolacha de maçã. "Devia ser censurado, né?", revolta-se um rapaz (dieta dobrada, 1.200 calorias).
Seja quem for o assassino revelado nesta sexta, 3, Ana (Suzana Vieira) entra para a história do spa como a mais odiada.
Cada vez que a italiana aparece na cantina servindo massas fumegantes a mesas satisfeitas, as bocas da audiência exageram na vaia. E salivam.

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