São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 1995 |
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Parar em área proibida é a infração mais comum
DANIELA FERNANDES
O psicólogo Salomão Rabinovich, 50, presidente da Avitran (Associação de Vítimas do Trânsito), afirma que os fiscais estão multando indevidamente. "A função dos fiscais é a de ajudar a minimizar os congestionamentos e eventualmente punir, mas eles estão criando uma indústria da multa", afirma. Rabinovich diz ter sido multado na semana passada, após manobrar em marcha a ré. "Não é permitido transitar em marcha a ré, salvo em pequenas manobras, como foi o meu caso. Apenas recuei até uma vaga, que estava três carros atrás do meu". Ele diz ainda ter sido multado por não usar o cinto de segurança em um local onde nunca passou. Rabinovich diz que muitos paulistanos desistem de entrar com recurso contra as multas devido ao tempo que geralmente é perdido com a burocracia. "Além disso, na maioria dos casos os recursos são indeferidos", afirma. O número de recursos deferidos (aprovados) na capital paulista, do total de 68.084 impetrados até setembro de 95, é de 18.387. Rabinovich também diz que o pagamento das multas não poderia ser exigido para o licenciamento do veículo. "Em qualquer país civilizado todo cidadão é honesto até que se prove o contrário. Não é o que ocorre aqui". A exceção, diz, é Curitiba (PR), onde o motorista faz o licenciamento e tem um prazo para quitar a multa. Texto Anterior: COMO RECORRER DAS MULTAS Próximo Texto: Prazo para ligação de gás é de 3 meses Índice |
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