São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 1995
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Covas pode parcelar 13º se não tiver recursos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), disse ontem que vai parcelar o pagamento do 13º salário do funcionalismo estadual se não tiver recursos para pagá-lo em dezembro.
Ele afirmou que não tomará empréstimo para assegurar o pagamento.
"Se tiver o recurso, o governo paga. Se não tiver, parcela. Pedir emprestado não vou pedir. Eu não repito o que já aconteceu", disse o governador.
O 13º salário deveria ser pago integralmente até 20 de dezembro, mas ele afirma não ter ainda os recursos disponíveis.
Mário Covas deu essa informação ontem, no Palácio do Planalto, antes de uma audiência de citricultores e usineiros do Estado com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Banespa
O governador também afirmou estar disposto a oferecer as ações do Banespa sob o controle do Estado como garantia para uma eventual renegociação de parte da dívida de R$ 13 bilhões com o banco.
"É evidente que se houver alguma transformação de parte da dívida para um prazo mais longo, alguma garantia tem que ser dada. Pode ser essa ou outra qualquer", disse.
Ele afirmou também que uma solução definitiva para o banco estadual paulista ainda não foi acertada.
Privatização
Mário Covas negou que o oferecimento das ações como garantia represente uma sinalização de privatização do banco.
"Com o simples fato de citarmos essa garantia, começaram a falar que queríamos privatizar. Ora, se você não paga a dívida, é executado pelo que tem, tenha a garantia ou não tenha", afirmou o governador.
O governador de São Paulo é contrário à privatização do banco estadual, solução defendida pelo governo federal. O Banespa está sob intervenção do Banco Central.

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