São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995 |
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Bahia gasta só 60% da receita com pessoal
LUIZ FRANCISCO
As administrações estaduais brasileiras têm de criar fórmulas para superar o endividamento e racionalizar a máquina pública. Bahia, Maranhão (leia texto à pág. 1-10) e São Paulo (reportagem à pág. 1-11) tentam encontrar soluções próprias. O secretário de Administração da Bahia, Sérgio Moyses, disse que o governo não fez nenhuma mágica para gastar 60% da receita com funcionalismo. "A Bahia possui hoje uma eficiente cobrança tributária e todas as entradas do Estado se comunicam com Salvador por meio de computadores", disse. Segundo Moyses, uma medida importante no corte dos custos foi a redução do número de secretarias de 21 para 14, na administração de Antônio Carlos Magalhães. Foram extintas autarquias, fundações e empresas públicas. Outro ponto que concorreu para a redução dos custos foi a concentração das secretarias no mesmo local. Na Bahia, todas as secretarias foram para o centro administrativo. "Com isso reduzimos gastos com aluguéis, vigilância e limpeza", afirmou Moyses. O governador Paulo Souto assinou decreto proibindo horas extras no Estado e limitou os salários dos servidores. Foi elaborado um programa de estímulo às demissões voluntárias e pretende criar um fundo especial para o pagamento dos aposentados. "A Bahia gasta 36% de sua folha só com o pagamento de aposentados", afirmou Moyses. O deputado estadual Paulo Jackson (PT-BA) disse que o governo conseguiu controlar a folha à custa de deficiências no serviço público. "Cerca de 17 mil pensionistas, viúvas de desembargadores, juízes e auditores estão recebendo em média apenas um salário mínimo por mês", diz. Texto Anterior: Estado que privatizar mais pagará menos Próximo Texto: Estado do Maranhão paga 338 supersalários Índice |
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