São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995
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Médicos evitam falar de câncer a pacientes; O NÚMERO; A FRASE; Dentista cria prêmio sobre saúde pública; Joelho artificial precisa de cuidado preventivo; Dor na garganta pode gerar doença cardíaca

JULIO ABRAMCZYK

Médicos evitam falar de câncer a pacientes
78% dos médicos usam a "mentira piedosa" nos casos de câncer e apenas 22% dizem a verdade, segundo levantamento publicado no livro "A verdade de cada um. Câncer: o doente deve saber o diagnóstico?" (foto). Os médicos Jesus Pan Chacon e Clovis Kobata e a psicóloga Silvia Pan Chacon Liberman enviaram questionários a médicos e a leigos supostamente doentes.

O NÚMERO
10...mil pessoas operaram o coração em São Paulo, entre 1989 e 1992, por problemas nas válvulas cardíacas.

A FRASE
"Não se morre mais como antes. Não se morria sem ter tido tempo de saber que se ia morrer."
(Padre Leocir Pessini, capelão do Hospital das Clínicas de São Paulo, no livro "Morrer com Dignidade", Editora Santuário, Aparecida, Estado de SP)

Dentista cria prêmio sobre saúde pública
O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo passará a conceder anualmente um prêmio para os melhores trabalhos sobre saúde pública feitos por cirurgiões-dentistas e estudantes de odontologia. Denominado "Professor Alfredo Reis Viegas", homenageia o 1º dentista brasileiro a receber o master em saúde pública por universidade norte-americana e por ter criado a disciplina de Odontologia Sanitária na Faculdade de Saúde Pública da USP.

Joelho artificial precisa de cuidado preventivo
Pacientes com válvulas cardíacas artificiais, submetidos a cirurgias do aparelho digestivo, recebem preventivamente antibióticos para impedir a disseminação de bactérias para as próteses cardíacas. Mas o mesmo não ocorre com os portadores de joelhos artificiais, comenta na revista inglesa "The Lancet" o microbiologista Richard Cooke, que sugere as mesmas medidas profiláticas para esses doentes.

Dor na garganta pode gerar doença cardíaca
Uma infecção aparentemente inofensiva na garganta de uma criança poderá danificar as válvulas do coração, se não for diagnosticada e tratada precocemente. Conhecida como febre reumática aguda, ela é a causa principal da cirurgia de troca de válvulas cardíacas por próteses entre os jovens. O médico Iseu Gus e colaboradores do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul relatam no último número dos "Arquivos Brasileiros de Cardiologia o registro de 51 casos do primeiro surto da doença, em estudo epidemiológico envolvendo 16 meses.

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